Formiga jogou pelo América-RN em 2012 e foi campeã
estadual invicta (Foto: Sérgio Fraiman/Blog Vermelho de Paixão)
A
vinda de Formiga ao América-RN aconteceu por meio de uma parceria entre
o clube potiguar com o Palmeiras. Além da meio-campo, o técnico Jorge
Barcellos, que era o treinador da seleção brasileira naquele ano e a
zagueira Anne, a ala Dulci, a atacante Mila e a volante Saymon também
atuaram pelo time americano. Foi uma época boa. Fui muito bem
recebida e muitas pessoas diziam, na época, que o futebol feminino em
Natal não era muito bem visto e o intuito do projeto, junto com as
outras meninas, era para ajudar o América-RN e dar uma força, uma mudada
no que as pessoas tinham em mente sobre o futebol feminino. Nós
conquistamos o estadual, mas eu sei que depois daquele campeonato,
muitas coisas, em vez de evoluir, acabaram não acontecendo. Fiquei até
um pouco triste com aquilo. Sei que em Natal tem excelentes meninas e
que jogam muito bem - disse. Formiga
espera que a mesma aceitação recebida pelos potiguares quando jogou
pelo América-RN possa ser compartilhada para as jogadoras da seleções do
Brasil, Canadá, México e Trinidad e Tobago. A jogadora acredita que a
realização do Torneio de Futebol Internacional em Natal pode contribuir
com a melhoria do esporte na cidade. Eu fui muito bem recebida e
desta vez, espero que não só a seleção brasileira, mas como as outras
seleções sejam bem recebidas, porque eu sei que todos apoiam o futebol
feminino. Eu tive uma passagem maravilhosa pelo América-RN e espero,
nessa nova vinda a Natal, ajudar de alguma forma o futebol potiguar -
comentou.Esse ano, a seleção brasileira acabou eliminada pela Austrália nas oitavas de final do Mundial, realizado no Canadá, o que acabou frustrando o planejamento da equipe. Para minimizar os erros, o técnico Vadão segue um trabalho de renovação do grupo, tendo à frente Marta e Formiga como as mais experientes.
Preparada para se despedir da Seleção nos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro, em 2016, Formiga ressalta que a exigência pela perfeição no trabalho precisa ser adotada por todas as atletas. A própria jogadora revela que em algumas ocasiões chega a ser mais dura com algumas companheiras de elenco para que o grupo não perca a concentração.
Seleção brasileira feminina posa para fotos na Arena das Dunas,
em Natal (Foto: Jocaff Souza/GloboEsporte.com)
É um pouco difícil lidar com isso, não só para mim, mas como a Marta,
por sermos as mais experientes e estarmos sempre à frente do grupo, mas
as meninas entendem muito bem o que a gente quer. Algumas vezes, eu não
diria que somos grossas, mas nós somos exigentes demais, pedindo a
perfeição de todas em campo, mas ninguém é perfeito e todo mundo erra.
Mesmo assim, nós pedimos que elas se dediquem nos treinamentos, nos
jogos, se concentrem, porque o ano que vem a gente sabe que a pressão
vai ser grande e precisamos trabalhar esse lado de saber lidar com
essa pressão dentro de casa. Às vezes, pode ser que uma ou outra se
preocupe com isso, mas a gente tenta ao máximo deixá-las tranquilas para
que entrem em campo e joguem tranquilamente - concluiu.Por Jocaff SouzaNatal
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