Padang vê renovação de patrocínio da Caixa com o América como ‘improvável’
As mãos estão quase lavadas. Essa é a sensação ao conversar com o
vice-presidente de marketing do América, Alex Padang, sobre a renovação
do patrocínio de R$ 2 milhões com a Caixa Econômica Federal. A queda da
equipe para a Série C do Brasileiro é a principal razão pelo iminente
fim do apoio do banco estatal ao clube. Alex Padang quer aumento do número de sócios para brigarpelo acesso (Foto: Wellington Rocha)
O América ainda não desistiu, segundo o presidente. Algumas
tentativas estão sendo realizadas pelo clube, mas o assunto já começa a
ser tratado como chances improváveis de ter um final feliz. “As
perspectivas se esgotaram”, afirmou Padang. Alex, que estava afastado de
funções diretivas do clube desde que Gustavo Carvalho assumiu a
presidência, passará a ocupar novamente um cargo como dirigente, depois
de deixar a presidência no passado. Sem pestanejar, ele aponta os problemas financeiros do clube e a
perda de receita para este ano de 2015, estimada em R$ 6 milhões, como
principais motivos para o licenciamento de Carvalho. O ex-mandatário
Hermano Morais assume a função executiva para tentar repetir a
“dobradinha” de 2011, quando os rubros em condições semelhantes,
acabaram por conquistar o retorno à Série B do Brasileiro. “As duas fontes de renda tiveram fim, uma das razões pelas quais
Gustavo se licenciou. Entreguei o clube com mais de quatro mil sócios,
mas hoje tem para contar apenas com 1,7 mil. Precisamos recuperar o
quase três mil sócios para podermos viabilizar o acesso. É nessa hora de
dificuldade que o América cresce, porque tem seu torcedor que ama e
acredita no clube”, afirmou. Padang admite que ainda que consiga recuperar os sócios, não será
possível recuperar o valor integral perdido com a saída das cotas e
patrocínio do clube após o descenso. O dirigente, inclusive, rememora
seu retorno ao clube ocorrer mais uma vez, em meio a turbulências
financeiras e é do ponto de vista técnico. Clube passa por dificuldades financeiras (Foto: Wellington Rocha)
“Não dá para comparar, queremos ao menos sobreviver. Minha história
no América e entrar sempre em momentos de dificuldade. Entreguei América
em situação privilegiada, volto agora porque confio na torcida. Nunca
fiz chamamento que a torcida tenha negado. Voltei para s finais porque
Gustavo convocou. E agora, acredito que nossas chances existem. Em 2011
estava tão difícil quanto, mas jogando fora. Não tínhamos time, mas
agora temos. América precisa estar unido de cima para baixo,
especialmente a torcida”, destacou. Ano fundamental
Para o presidente de marketing dos rubros, o ano de 2015 será mais do
que o ano do centenário. Segundo Alex, será um ano decisivo para a
história do clube e a torcida do clube terá papel fundamental. “Não só pelo acesso, mas será um ano decisivo pra a história do
América. Se conseguir acesso, trilha caminho para se reencontrar. Se não
conseguir, vai ter que rebolar para conseguir competir as competições
que terá pela frente. Corre o risco de virar um time sem forças, mas não
vai. Se o risco de renovar com a Caixa é de 10%, é improvável, a chance
de renovar com nosso torcedor é de 99%”, concluiu. A diretoria do América corre contra a o tempo para deixar a equipe
pronta para a disputa da Série C do Campeonato Brasileiro. A estreia
rubra acontece no próximo dia 17 de maio, no estádio Zinho de Oliveira,
em Marabá, no Pará, contra o Águia. Por Bruno Araújo/Portal no Ar
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