Eduardo Maia/Novo Jornal
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Anthony Armstrong afirmou que tomou 
atitude para disciplinar a cronica esportiva 
                                                             
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Na noite da última quarta-feira a 
imprensa esportiva do Rio Grande do Norte foi pega de surpresa. Na 
partida entre Alecrim e ABC, no estádio Ninho do Periquito, os 
jornalistas foram impedidos pelo presidente do Alecrim, Anthony 
Armstrong, de entrar no estádio e realizarem a cobertura do jogo. De acordo com o presidente da Associação dos Cronistas Esportivos do 
Rio Grande do Norte (ACERN), Walfram Valetim, o mandatário do Alecrim 
usou como justifica o fato da imprensa falar mal dele durante a sua 
viagem para a Europa. Walfran classificou a atitude do presidente do Alecrim como 
"arrogante" e inacreditável. A Acern irá ingressar com uma ação no 
Ministério Público contra Anthony Armstrong. "Estou aguardando o advogado. A gente vai se reunir com o Sindicato 
dos Jornalistas, a Assessoria Jurídica da ACERN, com o presidente da 
Federação para junto ao MP entrar com uma ação contra a arrogância, 
atitudes inaceitáveis e falta de educação do presidente do Alecrim. A 
instituição Alecrim mora no nosso coração. A torcida também. Não falo 
nem como presidente da Acern, e sim pelos colegas, que foram 
prejudicados de exercer a sua profissão. Já emitimos uma nota de 
repúdio. Tem gente que ficou doente com raiva do que aconteceu", 
desabafou. As Rádios 95 FM, 98 FM, CBN Natal, Satélite FM, ParnaRádio, além das 
equipes de televisão da Inter TV Cabugi, Ponta Negra, TV Tropical, foram
 proibidas de entrar no estádio. Em contato com a reportagem, o 
jornalista Dioníso Outeda explicou que chegou ao Ninho do Periquito por 
volta das 18h e foi impedido de entrar por um segurança do Alecrim. Às 
19h15 o Anthony Armstrong chegou ao estádio, explicando que a atitude 
tomada era para "disciplinar" a imprensa. "A gente chegou cedo para montar o equipamento e fomos informados por
 um segurança que não teríamos acesso. Ele chegou mais de 19h e a gente 
ficou esperando lá fora. Chegou cheio de segurança, com três carros e 
disse que estava tomando a atitude para disciplinar a imprensa para 
pararem de falar dele. Teve aquele mal estar. Ele não queria deixar que 
ficássemos dentro do campo durante o jogo. Tinha que ficar por trás do 
alambrado", explicou. Dioníso também criticou a postura da FNF, que de acordo com ele, não 
tomou nenhuma atitude diante do que aconteceu, jogando a 
responsabilidade para a Acern. "Foi muito chato, muito desgastante. Foi realmente uma coisa 
inacreditável. No mundo de hoje democratizado, atitudes como essas não 
deveriam existir mais. A FNF tem muita culpa nesse processo, porque o 
campeonato é dela. A Acern tem a função de credenciar os jornalistas. A 
Federação foi omissa. A questão do evento é de gestão da FNF e está no 
regulamento do campeonato", finalizou.
Confira um trecho da nota publicada pela Acern:
"A diretoria da ACERN - Associação de Cronistas Esportivos do Rio 
Grande do Norte, vem por meio desta demonstrar toda a indignação e 
repúdio à forma desrespeitosa com que vários de seus associados foram 
tratados ontem no estádio "Ninho do Piriquito", por ocasião do jogo 
entre Alecrim e ABC (15.01.14). A Acern se solidariza com a classe em relação ao comportamento 
deselegante do presidente do Alecrim Futebol Clube, Sr. Anthony 
Armstrong, em dificultar o acesso desses profissionais às cabines e a 
orla de campo do jogo, bem como a forma arrogante com que ele tratou a 
todos, comportamento este que não condiz com história e nem tampouco o 
patrimônio que é o público. É inadmissível que nos dias de hoje, com o nível de profissionalismo 
que tanto se apregoa no futebol que o importante trabalho desempenhado 
pela imprensa esportiva, venha a depender da boa vontade de uma única 
pessoa. Que fique registrado o protesto aos colegas que tiveram suas 
atividades dificultadas pelo autoritarismo e pela falta de empatia do 
presidente do clube esmeraldino, para com os que estão ali no exercício 
de seus ofícios e em cumprimento aos compromissos com seus anunciantes 
e, principalmente com a sua maior riqueza, o público".
Fonte: Gazeta do Oeste 
 
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