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terça-feira, 20 de março de 2012

Operários da Arena das Dunas entram em greve


Trabalhadores protestaram ontem em frente a sede da Delegacia Regional do Trabalho, na Ribeira. Foto: Fábio Cortez/DN/D.A Press
Os cerca de 550 operários da construtora OAS que trabalham nas obras do estádio Arena da Dunas paralisaram ontem as atividades para pedir equiparação salarial com os demais trabalhadores que atuam na construção de outros estádios que serão palco dos jogos na Copa do Mundo de 2014. Em atitude de protesto, eles tomaram a BR-101, bloquearam o trânsito e seguiram em passeata desde Lagoa Nova até a sede da Delegacia Regional do Trabalho, no bairro da Ribeira, provocando engarrafamentos tanto na rodovia quanto nas vias de acesso. Liderados pelo Sindicato da Construção Civil, eles foram recebidos na DRT pelo mediador Cláudio Gabriel de Macedo Júnior que convocou, em caráter de urgência, às 10h de hoje, uma mesas de negociação com os representantes da construtora. Na manhã de hoje, os trabalhadores prometem fazer vigília em frente à sede da DRT até o final da reunião. Na pauta de reivindicações, os operários pedem aumento salarial, pagamento de horas extras, incorporação de benefício de plano de saúde e aumento da cesta básica. Atualmente, o contracheque do profissional é de R$ 847,00, enquanto que o ajudante recebe R$ 675. Eles querem uma majoração para R$ 1.580,00 e R$ 1.100, respectivamente, além do aumento da cesta básica para R$ 280, conforme vem sendo praticado na construção de outros estádios que serão sede da Copa. Audiência com representantes da OAS, responsável pela obra, está marcada para esta terça-feira. Segundo o diretor financeiro do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil, Luciano Ribeiro da Silva, a paralisação da categoria já foi anunciada desde o dia 6 passado, quando foi realizada uma assembleia e apresentada a ata da reunião à construtora. No documento, a categoria deu um prazo de dez dias para a OAS se pronunciar sobre as reivindicações sob pena de, em 48h, haver a paralisação e consequentemente o indicativo de greve. "Como os representantes da construtora afirmaram que somente em 30 dias é que iriam se posicionar, resolvemos paralisarpor tempo indeterminado, com indicativo de greve e pedir a intermediação da Delegacia Regional do Trabalho", disse Cláudio Gabriel (Xuxa). Procurado pela reportagem, o diretor de marketing da OAS, Arthur Couto falou que a empresa está cumprindo o acordo do dissídio de novembro. "Agora, vamos participar da reunião com o Ministério do Trabalho e tormar conhecimento das reivincações para só depois desenvolvermos nossa proposta", disse. Sobre a diferença salarial entre os trabalhadores das demais arenas no país, Arthur argumentou que cada obra tem suas especificidades, suas características, e não se pode fazer comparações, apesar do salário mínimo ser unificado nacionalmente. Ele também acredita que a paralisação dos trabalhos não vai prejudir o cronograma da obra: "Estamos adiantados, isso não vai atrasar, mas a OAS vai para a reunião com o intuito de resolver a situação o mais depressa possível".
Fonte: Diário de Natal


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