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terça-feira, 2 de agosto de 2011

No período do Ramadã, atacante potiguar treina durante a madrugada

Os treinos do Dibba Fujairah, time árabe do atacante potiguar Paulo Júnior, estão acontecendo em um horário inusitado, pelo menos para os brasileiros. Os trabalhos no mês de agosto iniciam diariamente às 22 horas. Isso porque os Emirados Árabes está no período do Ramadã, em que é praticado um jejum durante o dia para os muçulmanos, impossibilitando que os atletas locais tenham desgaste com trabalhos físicos no período diurno. Segundo Paulo Júnior, apesar da brusca diferença de horário, o rendimento físico e técnico não tem grandes desgastes, já que os atletas estrangeiros se alimentam normalmente, enquanto os jogadores locais já estão habituados com as mudanças. “Eles comem durante a madrugada, para compensar o jejum e acabam se habituando com os treinos tarde da noite. Já é algo normal”, declarou Paulo Júnior.
Ramadã
O Ramadã é o nono mês do calendário islâmico. Neste período, os muçulmanos praticam o jejum ritual, o quarto dos cinco pilares do Islão. Os muçulmanos consideram que o Ramadã é um tempo de renovação da fé, da prática mais intensa da caridade, da vivência profunda da fraternidade e dos valores da vida familiar.  Esse período é o eleito para essa etapa de renovação espiritual porque o Alcorão aponta que o Ramadã foi o mês em que foi revelado o Alcorão, orientação para a humanidade e evidência de orientação e discernimento. Para os jogadores estrangeiros, que não são muçulmanos, o período do Ramadã é também um momento de choque cultural. Isso porque eles não têm o hábito de fazerem jejum em qualquer época do ano. Além disso, as cidades árabes ficam paralizadas durante o dia e os jogadores não encontram locais abertos, como restaurantes e lanchonetes. O atacante Paulo Júnior, que está no início da sua quinta temporada no futebol dos Emirados Árabes, já se diz adaptado com a cultura local e diz que o sucesso da boa convivência nesse momento de grande choque cultural é o respeito mútuo. “A gente procura respeitar ao máximo. Não ficamos em jejum, mas também não comemos na frente deles. Afinal, é um choque para os árabes ver alguém se alimentando durante o dia. Por isso, só comemos em casa. Acho que essa é a receita para ser bem aceito por eles”, disse o atacante, natural da cidade de Natal-RN, mas que foi criado em Mossoró-RN.
Carlos Guerra Júnior

GERENTE DE COMUNICAÇÃO E MARKETING DO BARAÚNAS
Sócio-Presidente do Jogando Sports - MKT Esportivo 
Vice-presidente do Thermas Sport Club 

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