O ESPORTE DE ASSU E REGIÃO, OBRIGADO PELA VISITA

quinta-feira, 28 de maio de 2020

Presidente do América/RN admite que 'clube passou do limite' e espera que Governo dê previsão de volta

Foto - José Aldenir - Agora RN
Na terça-feira, 26, o futebol potiguar completou 70 dias de paralisação, após o primeiro decreto assinado em 18 de marco pelo Governo do Estado, recomendando o isolamento social e suspendendo várias atividades, entre elas o futebol. Até o dia 4 de junho, quando encerrará o terceiro decreto (segundo foi assinado no dia 1º de abril), não se fala na retomada do esporte por conta da pandemia do novo coronavírus. Preocupado com a situação, o presidente do América de Natal, Leonardo Bezerra(Foto), afirmou que o clube já “passou do limite” e teme que possa tomar medidas severas caso o futebol não retorne em junho. “A partir do dia 4, se não voltarmos, eu convoco reunião emergencial com o Conselho Deliberativo para tomarmos medidas drásticas para no futuro o América não se acabar”, asseverou o dirigente em entrevista à FM 98 de Natal. O dirigente americano defende o retorno das atividades de forma segura e responsável, com base em rígido protocolo médico, mas mesmo assim o Governo do Estado “dá de ombros” com a situação do futebol, sem se importar com os problemas que os clubes vêm enfrentando com toda essa crise. “Eu vejo de fora como cidadão norte-riograndense que o Governo do Estado não está muito preocupado com a situação do futebol, que é uma ferramenta tão importante nesse momento de pandemia no combate a depressão. Nenhuma atividade no mundo aguenta dois, três meses só com despesa e sem receita nenhuma. Realmente, o América está com água pelo pescoço”, afirmou ele, referindo-se aos benefícios à saúde que o esporte pode permitir com sua volta. A propósito, no início deste mês de maio, o Ministério da Saúde emitiu documento aprovando o regresso do futebol, desde que o faça com medidas preventivas, entre elas a testagem de todos os envolvidos. O texto do documento afirma que o futebol “é relevante no contexto brasileiro e que sua retomada pode contribuir para as medidas de redução do deslocamento social através da 'teletransmissão' dos jogos para domicílio”. No entanto, nem todos os Estados seguiram essa recomendação, como é o caso do Rio Grande do Norte, e quase todos eles permanecem orientados pelas autoridades sanitárias estaduais, que entendem que o momento não é de liberar o esporte, enquanto a curva da pandemia não achatar. Mesmo assim, o presidente do América espera que o Governo pelo menos dê uma previsão mesmo que demorado for o retorno, para que os clubes possam se planejar e reduzir despesas. “O Governo precisa pelo menos dar uma previsão de uma possível volta, se em agosto ou setembro, e baseado nisso o América vai ao Sindicato informando que não pode cumprir o contrato com os atletas, porque está impedido de realizar as atividades. Com isso, o clube vai comprimir as despesas, pois se não há receita, também não podemos ter grandes despesas. Pelo menos, isso nos ajudaria muito”, disse. “O América hoje é o maior prejudicado com tudo isso, ele cumpre com suas obrigações e mesmo com a redução salarial que foi feita com os atletas, o nosso clube não aguenta mais um mês sem treinar e sem perspectiva de retornar o calendário”.
POSIÇÃO DA FNF
O presidente da Federação Norte-riograndense de Futebol (FNF), José Vanildo, também faz coro pela volta, mas com responsabilidade. “Não queremos forma alguma extrapolar, se reiniciar pelo reiniciar, mas que haja a inclusão do futebol dentre as atividades produtivas, que precisam ser ouvidas e consideradas”, disse. O dirigente lembra que o futebol é uma cadeia produtiva, pulsante à economia, e que gera centenas de empregos diretos e indiretos aqui no Estado. “Duvido que alguém de imediato diga qual a empresa que tem um custo mensal de salário em torno de R$ 1 milhão de reais... esse valor é que os clubes do RN pagam por mês só de salários aos seus atletas”, concluiu.
Fonte: Blog do Marcos Santos

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