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Presidente do Potiguar Benjamim Machado - Foto: TCM |
Na época quando surgiu a notícia sobre a escalação
irregular do atleta Sávio durante o Campeonato Estadual, a diretoria do
Potiguar evitou tocar no assunto para não atrapalhar o rendimento da
equipe em campo. Sem uma posição oficial do clube, permitiram-se
questionamentos entre os torcedores sobre o que teria acontecido: erro
do clube por não ter lido como deveria o regulamento geral da
competição? Se leu, então houve falha da comunicação entre a diretoria e
a comissão técnica? Até o uso de propina foi especulado na história. Depois de 20 dias após o fim da participação do
alvirrubro na competição, a gestão do Potiguar se pronunciou a respeito
da polêmica. No contato com o Blog de Marcos Santos, o presidente
Benjamim Machado admitiu a falha, o descuido do clube por não lido, como
deveria, o regulamento da competição. “Eu não tinha ciência desse risco, faltou uma leitura
mais aprofundada do regulamento da competição, o departamento verificou
apenas o regulamento específico e o da CBF”, afirmou o dirigente,
admitindo ter sugerido a escalação de Sávio na partida contra o
Palmeira. “Mas assumo a responsabilidade por ser o presidente e,
como não tinha conhecimento desse risco, mandei que colocasse o rapaz
(Sávio) na relação, já que o jogo era em casa e podíamos relacionar o
máximo possível de atletas, dando assim visibilidade aos novos atletas
da base do clube”, completou. O regulamento geral da competição do RN veda a
participação de atletas menores de 15 anos nos jogos profissionais. Como
Sávio tinha 15 anos quando foi relacionado para o jogo contra o
Palmeira, na abertura do Estadual, o Potiguar foi denunciado pelo Força e
Luz e punido em ação que se estendeu até a esfera nacional da Justiça
Desportiva. Hoje, Sávio tem 16 anos. Durante a competição, entre os torcedores e também em
alguns setores da imprensa local, especulou-se o uso de dinheiro na
história, alguém da diretoria do Potiguar teria recebido um valor por
alguém da família do jogador para colocá-lo na relação do jogo. Benjamim
desmentiu a notícia. “Não tem o menor cabimento”, disse.
Leia também:Estadual do RN teve melhor média de público dos últimos 12 anos
O Potiguar não se classificou para a Copa do Brasil de
2020 porque perdeu a final do 2° turno para o América num jogo em que
tinha a vantagem do empate, mas poderia ter se classificado para
competição nacional, por critério técnico, se não tivesse perdido os 6
pontos por uso irregular de Sávio. A CBF paga só na 1ª fase para clubes
do nível do Potiguar a quantia de R$ 525 mil, já descontados os
impostos. “O sentimento é de tristeza, como também é de
tristeza, não termos ganhado o segundo turno, já que disputamos em casa
com apoio da torcida e jogando pelo empate”, ressaltou Benjamim,
lembrando que o “Caso Sávio” servirá de lição. “Esse episódio dos pontos perdidos certamente servirá de aprendizado não só para mim como também para todos que fazem o clube.” Apesar da falha e decepções, o presidente alvirrubro
citou o acesso à Série D de 2020 e o fato de ter sido escolhido pela
Federação como o “melhor dirigente” do campeonato como algo positivo.
“Mesmo não vindo a cereja do bolo que era ser campeão,
colocamos o clube novamente numa competição nacional em 2020 (Série D),
mais uma vez recebo o reconhecimento da imprensa da capital por fazer o
Potiguar grande, com tão poucos recursos e sem estrutura de trabalho”,
encerrou.
Fonte: Blog do Marcos Lopes via Blog Marcos Santos
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