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Foto: Facebook |
Considero um profeta verdadeiro quem primeiro pronunciou a frase: A vida é uma vela acesa. Foi assim com este amigo, que
representou desde seu nascimento com honra e brio uma galeria de astros
deixada pelo saudoso pai Severino Sapateiro. Fiquei triste quando vi no facebook do contemporâneo Gilmar Rodrigues, esta foto com a noticia da sua morte. Liguei há poucos instantes para o companheiro Régis de Sousa para obter a confirmação do seu óbito. Fiz amizade com Valdeci em 1966 quando
morei em Assú e estudava, tendo sempre sua companhia nos bares da cidade
tocando um pinho com sua sonora voz de sambista boêmio. Aos seus familiares minhas expressas
condolências, por questões emocionais não vou ao sepultamento nem ao
velório, sou dissidente deste dever cristão. Prefiro a lembrança viva de
todos que estimo. Tenho certeza que todos os sambistas e
pagodeiros da cidade de Assú, estão de lutos e que o maestro da
orquestra celestial esteja afinando os instrumentos dos seus regentes
para fazer a festa da chegada de Valdeci na morada de Deus nosso
protetor. Vá com Deus como bem diz a canção popular e o samba nunca morra por falta do seu talento!
Por Aluizio Lacerda
NOTA DO BLOG: São raras as vezes que publico algo que não seja ligado ao esporte, mas Aluizio Lacerda com a sua inteligência consegue dizer o que pensamos deste ilustre Assuense que tão bem representou o nosso samba, e quis o destino que o mesmo fosse chamado para perto de Donga, autor dos primeiro sambas gravados no Brasil, "Pelo telefone" e "Batuque na Cozinha"e que agora em 2016 estão fazendo exatamente 100 anos. Valdeci de Severino Sapateiro partiu, mais não deixou o Samba morrer. O bom samba de Assu está de luto.
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