Depois de ter apenas um pagante na partida contra o Santa Cruz de Natal, o Atlético Potengi bateu um recorde de público no seu terceiro jogo como mandante na segunda divisão do Campeonato Potiguar. Na tarde de sexta-feira, o clube comemorou o fato de que 23 torcedores compraram ingressos para assistir ao duelo contra o ASSU, no Estádio Nazarenão, em Goianinha, a 58 km de Natal.
Atlético Potengi x Assu teve público de 23 pagantes
(Foto: Klênyo Galvão/GloboEsporte.com)
Foram 10 inteiras e 13 meias. Esses são os heróis que vieram prestigiar
a partida. É difícil, mas tem que jogar, tem que competir. É uma das
dificuldades que a gente tem que enfrentar no futebol brasileiro. E por
incrível que pareça, a que deu mais gente foi essa partida mesmo. Bateu o
recorde - festejou o supervisor do Atlético, William Souto, que lembrou
que nos outros dois jogos em casa, o time computou quatro pagantes
contra o Mossoró e somente um diante do Santa Cruz de Natal. O
público total, incluindo os não pagantes, foi de 48 pessoas, resultando
numa renda de R$ 165. Os custos operacionais da partida somaram um
valor de R$ 2.237,77, ocasionando um prejuízo de R$ 2.072,77. Boa
parte dessa renda veio de um grupo de 15 torcedores da cidade de Assú,
que fica a 207 km do estádio. Em plena sexta-feira à tarde, eles
enfrentaram a estrada para apoiar o Camaleão do Vale, com direito a
batuque e muito barulho na arquibancada. E deu certo. O ASSU venceu o jogo por 2 a 1, com gols de Nininho e Val Paraíba; Erisson diminuiu para os donos da casa. Nós viemos de Assú, a mais de 210 km de distância, somos torcedores
fanáticos do Camaleão. Em plena sexta-feira, acabou o expediente de
trabalho, a gente correu um pouquinho e conseguiu chegar a tempo para
acompanhar o Camaleão, que já foi campeão do estado e se Deus quiser vai
estar de volta à primeira divisão - disse o funcionário público e
tocador de repique Willames Lopes.O narrador Adaílton Amorim disse que para ele a presença da torcida no estádio é indiferente, o que importa mesmo é soltar aquele grito de gol com emoção para quem está em casa. Quanto a narrar um jogo com torcedor ou sem torcedor, a emoção tem que ser a mesma. Quem está em casa não quer saber se tem torcedor ou não. Ele está querendo que o gol do seu time seja narrado com emoção - contou. No campo, o policiamento era feito por quatro oficiais da Polícia Militar destacados do batalhão de Nova Cruz. Sem possibilidade de briga entre torcidas, o subtenente Adriano Menezes se mostrava bem tranquilo durante a partida. Dava até para prestar atenção no jogo.
Por Klênyo Galvão e Fred CarvalhoGoianinha, RN
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