A CBF oficializou nesta segunda-feira a saída de Luiz Felipe Scolari
do comando da seleção brasileira, dois dias depois da despedida do time
da Copa do Mundo, com a derrota para a Holanda por 3 a 0, no Estádio
Mané Garrincha, em Brasília. O presidente da entidade, José Maria Marin(Foto),
marcou entrevista coletiva para a quinta-feira, mas não indicou se fará
o anúncio do novo treinador da seleção nessa data. Felipão havia entregado seu cargo após este jogo durante a entrevista
coletiva. Pelo acerto que tinha com a CBF, seu trabalho se encerraria
ao fim da Copa, o que aconteceu na disputa pelo terceiro lugar, contra
os holandeses. Abatido pelo revés e ainda pela goleada de 7 a 1 sofrida
diante da Alemanha, o técnico não manifestara interesse em seguir no
comando da seleção. Marin chegou a cogitar sua permanência depois do 7 a 1, mas o novo
revés, contra a Holanda, o fez mudar de ideia. A demissão fora anunciada
inicialmente pela TV Globo na noite de domingo. A confirmação, porém,
só veio na tarde desta segunda-feira, um dia após o fim da Copa. Felipão encerra seu segundo ciclo na seleção abatido pelas duas
derrotas de impacto sofridas na semifinal e na disputa do terceiro
lugar. A seleção levou dez gols nas duas partidas e sofreu a pior
derrota de sua história contra os alemães, que vieram a ficar com o
título. Junto do treinador, vão deixar a seleção os demais membros da
comissão técnica, inclusive o coordenador técnico Carlos Alberto
Parreira e o auxiliar técnico Flávio Murtosa. Este grupo assumiu o time
nacional no fim de 2012 com o discurso de que a seleção era a grande
favorita ao título neste ano. Ao confirmar a saída de Felipão, Marin teceu elogios ao treinador. “O
Scolari e toda a sua comissão técnica merecem o nosso respeito e
agradecimento. Eles foram responsáveis por devolver ao povo brasileiro o
seu amor pela seleção, mesmo não tendo conseguido o nosso objetivo
maior”, disse o dirigente, que aceitou o pedido de demissão do técnico. Sem citar a goleada de 7 a 1, o presidente da CBF elogiou o trabalho
de Felipão na reconquista do orgulho dos torcedores em relação à
seleção. “Vimos nas ruas o povo vestido de verde-amarelo, exibindo a
Bandeira Nacional com orgulho e mostrando sua paixão pela seleção
brasileira como há muito tempo não acontecia. Claro que essa comissão
técnica e esses jogadores contribuíram decisivamente para que esse
sentimento voltasse. A todos eles, portanto, o nosso renovado
agradecimento”. Marin ainda marcou uma entrevista coletiva para às 11 horas da
próxima quinta-feira, na sede da CBF, no Rio de Janeiro. Ele não
especificou quais temas serão abordados na entrevista, mas espera-se que
anuncie o nome do novo treinador da seleção.
Por Redação do Estadão/Conteúdo
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