Júnior Santos
 
O preparador Rogério Juidecce, do América veio como solução
“Nossa
 pré-temporada de início de ano não é a ideal para suportar um 
calendário tão cheio de jogos como o nosso. O estadual do próximo ano, 
por exemplo, começa no dia 12 de janeiro, sendo que os jogadores só vão 
se reapresentar no dia 30 de dezembro. Não tem como, em menos de 15 
dias, deixar todos os atletas em condições de suportar a temporada. Aí, 
durante o ano, temos que ir fazendo manutenções, já que tempo para 
aprimorar a parte física não temos”, afirma Flávio Paiva, preparador do 
ABC. Além do calendário, outra situação é ponto de reclamação dos 
preparadores: as longas viagens entre um jogo e outro, na série B. De 
acordo com os profissionais, são muitos deslocamentos, muito tempo em 
aeroportos e um desgaste natural da parte física. “A logística dessa 
série B complica a situação dos atletas. Vamos fazer um jogo contra o 
América/MG em casa e na quarta-feira, já temos que viajara para Santa 
Catarina, porque vamos ter jogo lá. Como disse, não tem o que se fazer”,
 explica Rogério Juidecce, do América. Opinião compartilhada pelo
 preparador físico do ABC, que condena o excesso de jogos e viagens. 
“Fica difícil treinar sem essa quantidade de jogos. Passamos muito tempo
 em aeroportos e podíamos estar treinando, se tivéssemos um calendário 
melhor, mais apropriado, com menos jogos. Mas, como não podemos mudar 
isso, vamos tentando evitar lesões nos jogadores”, finaliza Paiva.No Limite
A 20 dias para do fim da Série B do Campeonato Brasileiro, os preparadores físicos de ABC e América revelam que os jogadores estão no limite do condicionamento físico. “Não tem muito o que se fazer nessa reta final de competição. O que estamos fazendo é apenas uma manutenção nos jogadores”, disse Flávio Paiva, do alvinegro. “Nesse momento, temos apenas que treinar, sem muito esforço, para não perder um atleta por lesão nessa período que falta para terminar a competição”, completa o preparado americano, Rogério Juidecce.
Adriano Abreu
 
Trabalhos de recuperação dos jogadores do ABC têm sido
a tônica devido à pressão sofrida pelo time
Mesmo
 com a parada para a disputa da Copa das Confederações, o que, 
teoricamente daria tempo para fazer um reforço muscular nos atletas, não
 foi da maneira esperada. No alvinegro, a direção do clube decidiu 
remontar o elenco, contratando cerca de 16 jogadores, para livrar o time
 do rebaixamento e alguns chegarem ao time vindo de muito tempo parado, 
apenas treinando em separado nos seus antigos clubes. “Essa 
situação de queda de rendimento físico já era esperado aqui no ABC. Os 
atletas chegaram durante a competição, estando parados há muito tempo e 
não tiveram como aprimorar a parte física. Chegaram e foram jogar. 
Sabíamos que eles iam aguentar três, quatro jogos e depois as dores e 
contusões iam aparecer. Por isso que estamos fazendo apenas um trabalho 
de manutenção”, afirma Flávio Paiva. No América, o panorama foi outro. A direção do clube, insatisfeita com o
 rendimento físico dos atletas, antes da parada para a Copa das 
Confederações, decidiu trazer de volta, o preparador físico Rogério 
Juidecce. Mesmo sem ter iniciado um trabalho no começo da temporada, o 
profissional, junto com os seus auxiliares, conseguiram desenvolver um 
trabalho de prevenção, que evitou lesões mais graves nos atletas 
americanos. “Fizemos todo um planejamento preventivo para que os 
jogadores não tivessem lesões musculares e estamos conseguindo evitar 
que isso aconteça. Nosso índice de lesão é muito pequeno e o que temos 
mais aqui são traumas. Agora, nesse momento, deixamos de ser 
preparadores físicos para apenas recuperarmos os atletas. Não tem mais 
como crescer, fisicamente, nesse momento da competição”, revela 
Juidecce. Além de todo o esforço físico que os atletas de ambos 
os times fazem durante os treinos e jogos, a pressão psicológica entra 
em campo nesse momento. No ABC, o clube tem uma semana para, 
praticamente decidir seu futuro dentro da série B. Joga terça-feira, 
contra o Figueirense, em Florianópolis/SC e na sexta-feira, diante do 
ASA, no Frasqueirão. Dois jogos em menos de quatro dias e ambos 
decisivos na luta contra o rebaixamento. No alvirrubro, a 
situação é parecida. Joga terça-feira, contra o América/MG, no Nazarenão
 e na sequência, viaja para enfrentar o Avaí, em Santa Catarina. Mas, ao
 contrário do alvinegro, a situação na tabela de classificação é mais 
tranquila e, uma vitória diante dos mineiros, praticamente garante a 
permanência do time na série B de 2014. “A pressão psicológica 
pesa nesse momento. O ABC vem, em todos os jogos, fazendo uma decisão e 
vamos definir nosso futuro em 2014 nessa semana. Esse momento é 
complicado para os jogadores e acaba refletindo na parte muscular. Mas, 
como disse antes, temos que estar preparados para tudo e fazer apenas a 
manutenção dos atletas”, disse Paiva. “Na verdade, nosso time está 
sabendo lidar bem com essa situação. Nossos jogadores estão empolgados e
 todo mundo quer entrar em campo. Aqueles que ficam de fora, mostram até
 um certo descontentamento por não puderem entrar em campo como 
titulares. Então, acho que essa pressão não está afetando nosso elenco”,
 afirma Juidecce.Fonte: Tribuna do Norte

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