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quarta-feira, 18 de março de 2015

Técnico do Alecrim joga favoritismo para o América-RN, mas quer o título


Vitor Hugo e Fernandes - Alecrim (Foto: Andrei Torres/Divulgação)Vitor Hugo e Fernandes desfalcam o Alecrim no domingo (Foto: Andrei Torres)

A última vez que o torcedor do Alecrim teve o prazer de comemorar um título estadual foi em 1986. De lá pra cá, são quase 30 anos de uma espera sem fim. Neste domingo, o Verdão encara o América-RN em decisão imprevisível e pode voltar a soltar o grito de campeão, mesmo sendo apenas o primeiro turno do Campeonato Potiguar. De quebra, caso a conquista aconteça, o clube garantirá uma das vagas do estado para a Copa do Nordeste e a Copa do Nordeste de 2016. Responsável pelo comando técnico do Alecrim, o carioca Anthoni Santoro chegou a Natal com a desconfiança de grande parte da torcida. A pré-temporada, recheada de jogos-treino contra equipes amadoras, deu sinais de que o caminho estava certo. Contudo, após sofrer uma goleada por 6 a 0 para o Botafogo-PB, os rumos do grupo foram alterados. Jogadores saíram e a diretoria cobrou mais empenho do grupo. Santoro recorda que o Alecrim enfrenta problemas financeiros e, por isso, evitou "fazer loucuras" na montagem dos elenco, que conta com muitos atletas da categorias de base e alguns jovens da região Sudeste do país. Nós sabemos que é um grupo que tem limitações e, por isso, estamos conduzindo as coisas de uma forma mais coerente, mais clara, e aí conseguimos conquistar os resultados - comentou Anthoni, que tem a semana cheia para trabalhar a equipe para a "final". Apesar de campanhas expressivas, os clubes têm situações distintas quanto à estrutura. O América-RN, líder do turno com 20 pontos e apontado por todos como o favorito à conquista, tem um um elenco mais qualificado e é dono de um dos maiores orçamentos do torneio. Em segundo lugar, o Alecrim aparece com 18 pontos, apesar das limitações financeiras e do grupo de jogadores reduzido. Diante das dificuldades expostas dentro e fora de campo, Anthoni Santoro assume que o Alecrim segue como o azarão na última rodada do primeiro turno e que o favoritismo cabe ao América-RN. Com certeza, o América-RN é o favorito e joga por um empate. A gente só joga por um resultado (a vitória). É óbvio que existe o favoritismo para eles, pois estão com dois pontos à nossa frente, uma folha com os valores maiores do que os nossos, e vivem uma situação de disputa de títulos há um certo tempo. O Alecrim vive um hiato grande de quase 30 anos e está tentando recuperar o seu espaço. Isso não quer dizer que nós não iremos buscar a vitória, porque nós não chegamos por acaso aos 18 pontos e na briga pelo primeiro turno. Nós temos o nosso mérito, com a construção do trabalho no dia a dia, aperfeiçoando a cada jogo, se adequando às dificuldades enfrentadas, mas sabendo das nossas limitações, que são orçamentárias - declarou. Para o jogo decisivo, o Alecrim enfrenta alguns problemas de ordem médica. O lateral-direito Fernandes, o volante Vítor Hugo, os meias Hugo - que realizou uma artroscopia no joelho direito e ainda não jogou este ano -, e Pará estão entregues ao departamento médico e não têm condições de jogo. Diante dos problemas, o técnico do Esmeraldino vai montar a equipe, mais uma vez, com jogadores juvenis, mas que já atuaram no estadual. Nós tivemos alguns problemas de lesões. Fernandes e Vítor Hugo estão lesionados há mais de um mês. Hugo está lesionado e não jogou a competição ainda.  Pará também. Todos esses com perfil de titular, e nós vamos nos adequando. Para os problemas, temos que criar as soluções. Essa é um frase que eu sempre repito aos meus atletas. Não adianta ficar se lamentando. Todos os jogadores, fora os lesionados, jogaram a competição, inclusive os juvenis - disse.
Longe do "ninho"
Impossibilitado de utilizar o Ninho do Periquito para o jogo deste domingo, o Alecrim segue em negociação com a Federação Norte-rio-grandense de Futebol para saber em qual estádio mandará a partida. A diretoria alecrinense havia comentado durante a semana que a partida poderá ter três opções: Nazarenão, em Goianinha; o Barretão, em Ceará-Mirim; e a Arena das Dunas, em Natal. Adotando um perfil de "andarilho" durante o primeiro turno, o técnico Anthoni Santoro prepara seus jogadores no Ninho do Periquito, mas ressalta que o grupo conseguiu superar o desconhecimento dos vários campos em que atuou no campeonato. O Alecrim mandou jogos nos estádios Iberezão, em Santa Cruz; Edgarzão, em Assú; e Nazarenão.
Anthoni Santoro - técnico do Alecrim (Foto: Andrei Torres/Divulgação) 
Sem poder utilizar o Ninho do Periquito, Santoro planeja
o Alecrim para o jogo de domingo (Foto: Andrei Torres/Divulgação)
Considero como o nosso maior obstáculo é a não realização de um jogo em nossa casa. O Ninho (do Periquito) em nenhum momento foi liberado, mas obtivemos vitórias mesmo jogando em campos que só conhecíamos no momento do jogo. Somos quase nômades, andarilhos dos campos do futebol potiguar - concluiu.
Por Natal

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