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Gramado do Nogueirão passa por reforma.
Foto reprodução.
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Um fato no mínimo curioso está ocorrendo no estádio Leonardo Nogueira, o Nogueirão, em Mossoró. Com o fim de suas competições amadoras,
a Liga Desportiva Mossoroense (LDM), proprietária do estádio, iniciou
no fim de semana passado, os trabalhos de reforma do gramado, visando a
temporada 2014. A pretensão é que até o fim do ano, o campo esteja liberado para amistosos de Potiguar e Baraúnas. Até aí, tudo bem.

Borracha foi contratado para cuidar do gramado. Foto: Wilson Moreno/Gazeta do oeste.
A questão é que, mesmo tendo um
funcionário destinado para realizar estes e outros serviços, a LDM,
através de seu diretor, Francisco Brás, contratou para executar a
recuperação do gramado, o ex-funcionário da entidade, Valderi Franco, o
“Borracha”. Acontece que Borracha move uma ação
trabalhista contra a Liga, justamente pelo tempo em que cuidava do
gramado do Nogueirão, e que após ser dispensado, não recebeu qualquer
valor pelo tempo de serviços prestados. O valor dessa causa já supera R$
270 mil, resultado de um julgamento à revelia. Recentemente, em função desse
imbróglio, a Justiça determinou o bloqueio dos 10% a que a LDM tem
direito dos borderôs dos jogos. Mas a entidade conseguiu reduzir esse
percentual para 7%. Borracha alega que trabalhou cerca de
18 anos para a Liga, e que nunca recebeu salários, mas apenas
gratificações com valores irrisórios. A explicação para sua recontratação, de
acordo com pessoas próximas ao dia-a-dia do estádio, pode estar no fato
de que, no tempo em que ele serviu à LDM, o aspecto do gramado era bem
menos sofrível que o atual. Sua experiência e dedicação são reconhecidas
por quem acompanha de perto a vida do gramado do estádio dos
mossoroenses. Sua jornada, muitas vezes, começava ainda pela madrugada, e
terminava, depois de intervalos regulares, à noite. A LDM também responde por outra ação
trabalhista, esta movida pelo ex-operador do placar do Nogueirão, Luiz
Velho, o “Galo Duro”. Sua causa gira em torno de R$ 30 mil. A expectativa, agora, é que o Nogueirão và à praça (leilão), para quitação das duas dívidas.
Fábio Oliveira/Da redação F9
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