América e ABC começam
hoje a decidir o campeonato em situações iguais. A classificação geral
foi deixada para trás e o único critério que prevaleveu foi o mando de
campo aos alvinegros no último jogo. Um prêmio justo pela melhor
campanha, mas que só terá valor se o time de Leandro Campos não perder o
primeiro duelo por uma diferença muito grande de gols. Campos vai
enfrentar o melhor ataque da competição e sabe que precisará de muita
cautela para não colocar tudo a perder. Sendo assim, teremos um ABC
forte na marcação, segurando o jogo e fazendo muita cera, pois o empate é
o melhor resultado. Pode até sair de Goianinha com uma vitória, mas
mais por questão de sorte, do que por critérios técnicos, pois não
consigo enxergar qualidade no ataque alvinegro. Ao contrário do time de
Roberto Fernandes. O sistema com dois meias rápidos e dois alas que se
movimentam muito permite ao América chegar com seis homens na grande
área, um inferno para qualquer defesa adversária. E no segundo tempo,
quando o adversário decidesair para o jogo, caso esteja atrás no
marcador, Fernandes dá o golpe de misericórdia colocando mais dois
atacantes de velocidade. É pra infernizar a vida de qualquer adversário.
Mas inferno mesmo serão os momentos que antecedem a partida. Não é
preciso dizer que desta vez os dois treinadores irão abrir uma
competição à parte para ver quem consegue segurar a escalação por mais
tempo e riscá-la melhor. Campos aprendeu a malandragem e vai querer dar o
troco para desestabilizar o vestiário alvirrubro. Será que ele vai
conseguir?
Vantagem alvirrubraA grande
vantagem americana é que o time possui, disparado, o melhor jogador do
campeonato. Estou falando de Fabinho. O médio/volante, podemos dizer
assim, cai pelos dois lados do campo, faz o pivô para os avanços de
Norberto e Wanderson, chega na área e volta para marcar. É o legítimo
representante do futebol moderno e o diabo para os seus marcadores.
SurpresaA
única surpresa que Leandro Campos pode apresentar para o difícil
compromisso em Goianina é a saída de Léo Gamalho ou Washington para a
entrada de Pardal, um atacante veloz para puxar os contra-ataques. Mas
como Jerson está confirmado no meio-campo acho pouco provável essa
mudança. Arrisco até um palpite, ele deve formar uma linha com três
zagueiros: Leandro Cardoso, Alison e Eduardo, deixando apenas um
volante, no caso Bileu. Se resolver jogar com dois marcadores no meio,
sai Leandro Cardoso e entra Luiz Eduardo.
Fonte: Coluna Drible Curto/ Fábio Pacheco
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