O ESPORTE DE ASSU E REGIÃO, OBRIGADO PELA VISITA

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Crianças jogam hoje na areia e sonham  jogar na Arena das Dunas no futuro
O barulho das máquinas que derrubam o estádio Machadão e, ao mesmo tempo, preparam o terreno para a construção da Arena das Dunas é a trilha sonora para o encontro de gerações diferentes de amantes do futebol no Rio Grande do Norte. A nova, ávida pela chegada do futuro que se desenvolve à sua frente e a velha que observa as mudanças e guarda na memória a história de um passado recente rico em fatos e personagens.A marcação de metade do futuro campo de futebol da Arena tornou a ideia irresistível. Quem poderia jogar ali? A futura geração era a bola da vez, mas o passado não poderia ser esquecido. Sendo assim, a  TRIBUNA DO NORTE foi ao centenário bairro do Alecrim, onde "recrutou" cinco jovens. A hora acertada foi 15h30. Mas, desde cedo, ainda de manhã, Wedson Felipe, Ana Vitória, Marcos Eduardo, Getúlio Pereira e Daniel de Oliveira, já estavam arrumados, de calção, camisa, meia, chuteira e bola, esperando pela tão sonhada chance de conhecer as obras para o Mundial de 2014. Quando o carro da reportagem apareceu na rua, todos se apressaram em se despedir dos pais, para começar a jornada.Assim que chegaram ao canteiro de obras, o nervosismo tomou contas de todos. A demora da chefe de segurança da empresa OAS, em chegar para levar a equipe em direção ao campo, foi fazendo com as crianças ficassem chateadas. Mas, elas foram recompensadas. Poucas delas tinham entrado na antiga praça esportiva de Lagoa Nova. Apenas Getúlio Pereira, filho de Getúlio, ex goleiro do ABC e a menina Ana Vitória, tiveram a oportunidade de assistir uma partida no João Cláudio de Vasconcelos Machado. O filho do ex atleta, foi além. Como o seu pai comanda uma escolinha de futebol, ele teve a chance de jogar no gramado que, em outras épocas, serviu de palco para Alberi, Danilo Menezes, Didi Duarte, Odilon, Souza, entre outros. "Vim assistir um clássico entre ABC e América. Ainda bem que o ABC venceu, já que é meu time do coração", revelou Ana Vitória que apesar de Alvinegra vestia camisa do Alecrim. Daniel Oliveira, de 10 anos, filho de um oficial da Marinha, não teve a oportunidade de assistir nenhum jogo no Machadão. Mas, a explicação é diferente dos outros meninos. "Eu morava no Rio Grande do Sul e quando cheguei aqui, só fui ao Frasqueirão, nunca tive a oportunidade de ver um jogo no Machadão", revelou. As crianças apóiam a construção de novo estádio. Marcos Eduardo, de apenas 10 anos, foge um pouco do discurso de crianças da sua idade. "Nossa cidade conseguiu ser sede da Copa e não dava para fazer os jogos no Machadão. Com a Arena das Dunas, vamos ter um estádio novo. Vai ser muito importante para Natal, porque vai trazer muitos turistas e mais dinheiro", disse Eduardo. Quando o assunto voltou a ser o futebol, o processo de globalização mostrou que deixa marcas. Os ídolos também vestem outros uniformes e a Seleção Brasileira não tem mais exclusividade. "Eu quero que quem seja campeão é Portugal, por causa de Cristiano Ronaldo. Ele é o melhor jogador do mundo e espero que tenha jogo dele aqui em Natal, para eu poder assistir", disse Ana Vitória. "O Brasil poderia fazer um jogo aqui e não em Fortaleza. Mas, já que não, espero que a Argentina venha, para poder ver o Messi", revelou Marcos Eduardo. Mas, o que eles querem mesmo, é o papel de protagonista, no futuro. "O sonho de toda criança é ser jogador de futebol e defender a seleção brasileira. É isso que eu quero, ser craque, defender o ABC e jogar no Arena das Dunas", sonha Getúlio Pereira. Chegou a hora de ir, mas ficaram promessas de retorno em um futuro próximo, além de serem escritas as primeiras linhas da história da futura Arena das Dunas.  "Da próxima vez, volto como jogador", disparou Wedson Felipe, o mais novo de todos, com 9 anos. Já Marcos Eduardo não falou, fez. Foi dele o primeiro gol da Arena das Dunas, de cabeça.
Fonte: Tribuna do Norte/Foto: Rodrigo Sena

Nenhum comentário:

Postar um comentário