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Waguinho Dias com Leonardo Bezerra-Foto: Diego Simonetti |
Campeão da Série D com o Brusque, Waguinho Dias foi apresentado nesta
terça-feira como técnico do América-RN para a temporada 2020. Na
primeira entrevista coletiva, ao lado do presidente eleito Leonardo
Bezerra, destacou a tradição do clube e falou sobre os planos que
pretende colocar em prática no Alvirrubro. A missão, claro, é conquistar
o acesso à Série C, mas, para ele, tudo passa por fazer um bom
Campeonato Potiguar. A contratação de Waguinho era um "namoro antigo" do América-RN, como
frisou Leonardo Bezerra em outra oportunidade. O treinador trabalhou
recentemente no Criciúma e, ao se desligar do Tigre, logo recebeu novo
convite para comandar a equipe rubra. Desta vez, aceitou. - Eu tinha contrato longo com o Criciúma e, assim que desfizemos o
contrato, em meia hora eu acabei recebendo um telefonema do Luciano
Mancha (executivo de futebol), representando o América-RN. Uma situação
que era para ter sido em fevereiro, março, não era o momento. Eu tenho
que ouvir. Além de ouvir a situação financeira, ouvi a situação do
clube, o que pretendia, qual perfil de montagem de equipe, qual situação
do momento e o que o América-RN vem buscar. Aí fiquei sabendo da grande
responsabilidade que nós temos. Pelo calendário do ano que vem, pelo
ranking, nós temos que ser campeões do estadual. É uma responsabilidade,
um desafio que gosto muito e sei que o clube é capaz - declarou
Waguinho. Questionado se está preparado para a pressão no América-RN, tendo em
vista as eliminações nas últimas três participações do clube na Série D,
Waguinho disse: - Quando você tem resultado e todo mundo joga, a torcida joga junto. Aí
não tem pressão. Depende dos resultados. Os jogadores jovens, hoje,
numa maneira que alia a intensidade de se jogar, com certeza suportam
toda e qualquer pressão. Mas, com resultado, não tem pressão - afirmou.
Não existe receita
O novo comandante lembrou que, nos outros anos, o América-RN sempre era
apontado como favorito na Série D, mas acabou ficando pelo caminho.
Ciente desta "obrigação de acesso", ele disse não existir uma receita
para equilibrar investimento e obter o sucesso ao final do campeonato.
Comandou Inter de Lages, Tubarão e Brusque na quarta divisão e, após o
insucesso com os dois primeiros em 2016 e 2018, acabou sendo campeão com
o último em 2019. Destes três clubes, lembrou que ficou sem receber no
Inter de Lages; que o Tubarão "investiu pesado" na oportunidade; e que a
folha salarial do Brusque era de R$ 100 mil. A campanha vitoriosa com o Brusque foi enaltecida por ele, frisando a importância de sempre decidir em casa. - Fizemos um elenco com 20 atletas. Todos no nível salarial homogêneo,
parecido, com uma folha de pagamento de R$ 100 mil. Fizemos todo o
planejamento de treinamentos, mas principalmente, jogando na cabeça dos
atletas qual era a importância de ficar na primeira colocação em todas
as fases. E nós conseguimos. Todos os jogos que decidimos no mata-mata
foram em casa. O fator casa fazia prevalecer. Foi assim que nós subimos,
com um elenco enxuto, mas que todos tinham na cabeça a vontade de
chegar. Nós tínhamos um entrosamento muito forte na defesa e um ataque
que ia para cima, tanto é que tivemos um dos melhores ataques da
competição - comentou.
Por GloboEsporte.com — Natal
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