
Presidente nomeado pela Justiça, Zé Carlos de Brito diz que
o Baraúnas está inviabilizado. (Foto: Marcos Santos/Jornal De Fato)
Com dívidas que chegam à casa dos R$
400 mil, e após a revelação, mês passado, de que o clube não tinha um
diretoria legalmente constituída desde 2005, o Baraúnas mergulha cada
vez mais fundo em um poço de incertezas. Na noite desta quarta-feira (5), em
entrevista no programa Panorama Esportivo, da Rádio Difusora de Mossoró
(1.170kHz), o advogado do clube, José Carlos de Brito, nomeado
presidente interino pela Justiça, em despacho do Juiz Herval Sampaio, da
2ª Vara Cível de Mossor, fez revelações e confirmou posições que
traduzem a realidade do Tricolor. Indagado sobre a situação do clube com
reclamações na Justiça do Trabalho, Zé Carlos não fantasiou: “Tem umas
20 ações trabalhistas. Hoje, quem aciona o clube na Justiça já sabe o
caminho: pede logo o bloqueio do patrocínio da Prefeitura, como fez
Samuel Cândido (técnico)”. Como presidente nomeado, Zé Carlos, que
não pretende demorar no cargo, disse que vai convocar eleições para
setembro, dando prazo para o novo presidente arrumar a casa antes da
temporada 2016. Ultimamente, as eleições estavam sendo realizadas em
novembro. Antes, elas ocorriam em janeiro, mês de aniversário do clube.
“Para isso vamos ter de alterar o estatuto”, admitiu. Sobre o fato de o Baraúnas vir
trabalhando de forma irregular, devido a falta de diretorias legalmente
constituídas, ele revelou que foram pelo menos oito atas que ficaram sem
registro pelos dirigentes que assumiram o clube nos últimos dez anos.
“A última ata registrada foi em 2005, depois daquele jogo do Vasco aqui,
pela Copa do Brasil”, revelou. Para piorar, não há mais como
oficializa-las, pois o livro contendo esses registros, foi extraviado. Sobre a possibilidade de não aparecer
pretendente no próximo pleito, Zé Carlos brincou: “Não acho que o
Baraúnas fica sem presidente. Se não aparecer ninguém, Josirene Ribeiro
assume”, previu, referindo-se à vice-presidente da gestão passada.
Depois, mais sério, admitiu tomar uma posição drástica e que defende há
alguns anos, diante do caos instalado no clube. “Se não tiver candidato,
marco uma nova eleição. Não ocorrendo novamente, por falta de
candidato, vou sugerir o fechamento do clube”, enfatizou.
Fábio Oliveira/F9.net.br
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